Agrupamento de Escolas de
Albufeira Poente

Astronauta por um dia


Aluna da ESA cumpre a sua primeira experiência de voo em gravidade Zero

A aluna Lara Semião, do 11.º C da Escola Secundária de Albufeira (ESA), finalistas da 2.ª edição “Zero-G Portugal — Astronauta por Um Dia”, efetuou, no dia 3 de setembro, o tão esperado voo em gravidade zero.

Prestes a inicar o vôo“A experiência que tive em Beja foi incrível e única!

Durante estes 4 dias, eu e os outros 29 finalistas ficámos hospedados no Palácio dos Maldonados em Beja. Foi bastante divertido conviver com os restantes finalistas, criámos um laço muito forte...

Nos 3 dias que antecederam o voo parabólico fizemos várias atividades para incentivar o espírito de equipa, e estivemos em contacto com 2 astronautas que estiveram na ISS, que nos contaram histórias muito giras deles e de colegas deles.

O dia 3 de setembro foi o dia por que todos esperavam. De manhã fomos para a base aérea de Beja, onde estava o avião e alguns familiares e amigos. Às 10:00 o avião levantou voo e levou-nos para uma área ao sul do Algarve que é utilizada pela força aérea para treino.

As primeiras parábolas que fizemos não foram em gravidade zero. Primeiro experienciámos a gravidade de Marte e da Lua, onde sentimos o corpo ficar muito leve, mas ainda conseguíamos tocar no chão, ainda que este parecesse gelatina.

Gravidade zero!Depois veio a melhor parte: as parábolas em gravidade zero. O efeito de gravidade zero é conseguido quando o avião descreve um voo parabólico em que sobe a pique a cerca de 900 km/h. Aí, o nosso corpo experimenta a força 2G. A sensação é a de que o nosso corpo pesa o dobro, ficamos comprimidos contra o chão do avião. Depois, o avião cai a pique, também a 900 km/h, e, por 22 segundos, ficamos em gravidade zero. Deixamos de ter controlo sobre o nosso corpo, se alguém nos tocar saímos a voar até uma outra força nos fazer parar. Não conseguimos sentir se estamos virados de cabeça para baixo, essa foi uma das experiências que fizemos, ficarmos sentados no teto do avião. É algo muito difícil de explicar, mas muito, muito giro. Fizemos várias experiências, como, por exemplo, rebentar um balão de água. A água ficou a pairar e bebemos pequenas bolas de água suspensas, tipo "slime".

Quando o avião aterrou foi uma mistura de sentimentos. Estava muito feliz porque tinha acabado de experienciar algo único, mas, por outro lado, triste porque era o último dia com as pessoas que conheci neste projeto.

É uma experiência que vale a pena e todos deveriam experimentar, pelo menos uma vez.”

Vídeo da experiência